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quarta-feira, 9 de maio de 2012

Casa do Cordel nas Escolas

Estudantes do IFRN de São Gonçalo do Amarante visitam Casa do Cordel:                       




Por iniciativa do professor Milson do IFRN da São Gonçalo do Amarante vários alunos desta instituição tiveram a oportunidade de conhecer o espaço Casa do Cordel.

Na ocasião houve apresentação dos poetas Abaeté do Cordel, Hegos e Pedro Farias que além de falarem da história do cordel declamaram vários folhetos aos presentes.

Imagens:






















sábado, 19 de junho de 2010

Deu na imprensa

Potiguar investe na xilografia
O artista Erick Lima desenvolve suas atividades junto aos poetas cordelistas da Casa do Cordel



                                                                                                             Foto : Paulo Almeida

Daniela Pacheco       
Editora de Cultura


Uma técnica milenar que surgiu como recurso de reprodução de impressos e ganhou status de arte nas mãos de grandes pintores europeus. A xilogravura produz uma gravura em que se utiliza uma matriz em madeira para a obtenção de reproduções da imagen gravada, assim é a xilogravura. No nordeste brasileiro foi que se desenvolveu uma das mais singulares e representativas fomas da xilo no mundo. A xilogravura popular ligada ao folheto de cordel adquiriu uma identidade própria.
Em seu  ateliê que está localizado na Casa do Cordel, o xilógrafo produz gravuras para ilustraçõs de cordéis, folhetos, livros, discos, camisetas, cerâmicas decorativas, além de trabalhos sob encomenda, como retratos.
O jovem xilógrafo potiguar, Erick Lima, está realizando cursos em escolas públicas de Natl e região metropolitana com o objetivo de divulgar a técnica e a história da xilografia para adolescentes através do projeto de popularização da xilografia que foi aprovado pelo BNB Cultural e está sendo executado até o final deste ano.
O JORNAL DE HOJE conversou com o xilógrafo Erick Lima.




O JORNAL DE HOJE - O que motivou você seguir na arte da xilogravura?




Erick Lima - Apesar das dificuldades que existem para se trabalhar com cultura e, principalmente, com cultura popular em Natal, O que me motivou e motiva a seguir na arte da xilogravura é a possibilidade de está desenvolvendo um trabalho que possa levar esta arte para outros círculos, como as escolas, os jovens e outros.


Outro fator é minha própria satisfação em trabalhar com algo que me dá prazer.


O JORNAL DE HOJE - Aonde e como foi os seus primeiros passos nessa arte?


Erick Lima - Iniciei a técnica da xilogravura à partir da criação do espaço cultural Casa do Cordel ( espaço dedicado à literatura de cordel e à cultura popular em Natal/RN).Isso se deu em inícios do ano de 2007.Antes eu já desenhava e pintava.Como a xilogravura sempre esteve associada ao cordel,comecei a tentar, de maneira autodidata, a fazer xilogravuras.Nada melhor que a prática para se aprender algo.Com a arte não é diferente.Com o tempo fui desenvolvendo e passando a ilustrar as capas dos folhetos dos poetas e poetisas da Casa do Cordel.


Posteriormente tive a oportunidade de visitar o atelier de grandes gravadores populares, como J. Borges, em Bezerros/PE e o mestre Dila em Caruaru/PE. De lá para cá venho fazendo trabalhos de ilustrações, não só de cordel, mas de livros, CDs e por encomenda. Passei a fazer oficinas, pra turmas e individuais, para poder difundir esta arte.


O JORNAL DE HOJE - Você desenvolve um projeto de oficinas de xilografia em escolas publicas. Explique um pouco sobre ele?


Erick Lima - O projeto "Xilogravura nas escolas", patrocinado pelo programa BNB de cultura, Visa levar esta arte para os jovens. A idéia é aproveitar o espaço da escola, onde os jovens estão sistematicamente, para levar esta arte e abrir a possibilidade dos estudantes entrarem em contato e tomarem conhecimento da xilografia.


O JORNAL DE HOJE - Qual o objetivo desse projeto?


Erick LIma - Através da realização de oficinas em escolas públicas pretendemos que a xilografia possa ser uma alternativa para a capacitação e formação de jovens multiplicadores desta arte para a sua perpetuação, desenvolvimento da cultura e da cidadania;


Outro objetivo é o de ressaltar e situar esta arte popular na história, sua importância para o desenvolvimento do imaginário e da cultura nordestina, suas ligações com a literatura de cordel;


Disseminar na rede escolar pública da região metropolitana de Natal-RN, através das oficinas, as personalidades da cultura popular do Rio Grande do Norte ligadas à arte da xilogravura popular;


Documentar, através da publicação de um cordel xilográfico, parte da produção realizada nas oficinas, com o objetivo de estimular o desenvolvimento dos jovens nesta arte;


Estimular o estudo desta arte popular nas escolas a partir do diálogo com professores de


Estimular o desenvolvimento artístico e profissional do artista xilogravador popular.


O JORNAL DE HOJE - Na sua opinião, qual a importância de levar conhecimentos da cultura popular para as escolas?


Erick Lima - A escola é um espaço privilegiado para se fazer um trabalho sistemático, porquê os alunos já estão lá, passam boa parte de seu tempo.O problema é que neste tempo pouca coisa é apreendida, além de não existir um trabalho com a arte popular.


A interação entre os saberes, conhecimentos e vivências da cultura popular nordestina compreende aspectos político-pedagógicos da formação do povo brasileiro, usa peculiaridades. São conhecimentos que expressam a formação do pensamento, da criatividade, do embelezamento com imaginário regional e acima de tudo construções de realidades que permitem os sonhos, a expressão e os valores de cada comunidade, grupo e indivíduo.


O JORNAL DE HOJE - Como é a receptividade desses jovens quando passam a conhecer um pouco mais sobre a história, como também, sobre a xilografia?


Erick Lima - No início os jovens ficam muito distantes. Isso é compreensível, pois a xilografia e a cultura não são trabalhadas na escola e a maioria não tem acesso a bens e produtos culturais.


Porém o ato de gravar, a impressão da matriz é algo mágico que faz com que aqueles mesmos estudantes, que pareciam meio frios, tomem gosto pela técnica.Podem compreender que a xilogravura tem tudo a ver com a História que eles estudam na sala, com a literatura, enfim, abre-se uma nova perspectiva.


O JORNAL DE HOJE - Você é filho de um grande cordelista. Pode-se dizer que ele de certa forma influenciou na sua carreira artística?


Erick LIma - Claro, foi muito importante a presença do meu pai, o poeta Abaeté, para continuar com a arte, pois ele também é um ativista da cultura e que dá uma grande contribuição ao estado com a Casa do Cordel, que, mesmo sem apoio do estado, é um exemplo de ação cultural que deve ser apoiada e seguida.


O JORNAL DE HOJE - E, por falar em cordel. Você já escreveu algum?


Erick Lima - Já cheguei a tentar escrever alguma coisa, entendo um pouco sobre, mas não me arrisquei a publicar.


Escrever é muito difícil, cordel mais ainda.Tem que ter muito talento e estudar muito pra escrever um bom folheto.


O JORNAL DE HOJE - É, muito difícil criar e produzir uma xilogravura? O que é preciso?




Erick Lima - Não existe segredo algum para se fazer uma xilogravura. Repito mais uma vez, nada melhor que a prática para se conseguir chegar a um objetivo.


Para se fazer xilogravura precisa-se de alguns materiais como as goivas, que são as ferramentas para gravar, entalhar a madeira. Podem-se usar, ainda, inúmeros tipos de ferramentas improvisadas tais como estiletes, chaves de fenda e outros para se obter efeitos na gravura;


O rolinho para gravura, para o entintamento da matriz;


E, claro, a madeira para se gravar. Gosto muito de trabalhar com a Umburana, uma madeira típica do sertão. Ela é muito mole e boa para qualquer trabalho de entalhe.


Por último a impressão das gravuras em papel.


O JORNAL DE HOJE - É, muito difícil criar e produzir uma xilogravura? O que é preciso?


Erick Lima - Não existe segredo algum para se fazer uma xilogravura.Repito mais uma vez,nada melhor que a prática para se conseguir chegar a um objetivo.


Para se fazer xilogravura precisa-se de alguns materiais como as goivas, que são as ferramentas para gravar, entalhar a madeira. Podem-se usar, ainda, inúmeros tipos de ferramentas improvisadas tais como estiletes, chaves de fenda e outros para se obter efeitos na gravura;


O rolinho para gravura, para o entintamento da matriz;


E, claro, a madeira para se gravar. Gosto muito de trabalhar com a Umburana, uma madeira típica do sertão. Ela é muito mole e boa para qualquer trabalho de entalhe.


Por último a impressão das gravuras em papel.


O JORNAL DE HOJE - Você consegue viver e pagar as contas do mês dessa arte ou faz outra coisa para completar os rendimentos?


Erick Lima - Não. É muito difícil. Posso dizer que consigo sobreviver. A arte não é muito valorizada e não é da política pública do país e muito menos do estado, levar a questão cultural como uma necessidade ao povo e do apoio aos artistas.


Além da atividade artística, onde consigo auferir uma pequena renda com oficinas, palestras e a venda das obras, também já trabalhei em escolas privadas da cidade como professor, o que também não gera um justo pagamento.


O JORNAL DE HOJE - Qual a importância da xilogravura?


Erick Lima - A xilogravura é muito importante não só na história do nordeste com a literatura de cordel, mas na história da humanidade. As primeiras impressões sistemáticas foram feitas à partir de uma matriz xilográfica.


Possibilitou a documentação e a referência de inúmeros acontecimentos históricos, e possibilita uma riquíssima técnica das artes visuais e uma singular representação do imaginário popular do nordeste brasileiro.




Fonte : Jornal de Hoje, edição dos dias 12 e 13 de junho de 2010.

quarta-feira, 19 de maio de 2010

Deu na Imprensa

Herdeiro da Xilogravura

As paisagens do sertão nordestino misturadas aos elementos do imaginário popular, como lobisomens, sereias aladas, cavalos de fogo, são impressos com freqüência nos livros de cordel a partir da técnica da xilografia. A técnica milenar surgiu como recurso de reprodução de impressos e ganhou status de arte nas mãos de grandes pintores europeus. Aqui no Nordeste a xilografia se popularizou e vem sendo preservada por grandes mestres, como o pernambucano J. Borges, considerado o maior gravador popular em atividade no Brasil. Herdeiro desta tradição e ao mesmo tempo rompendo com ela, o jovem xilógrafo potiguar de 24 anos, Erick Lima, está realizando cursos nas escolas públicas de Natal e região metropolitana com o objetivo de divulgar a técnica e a história da xilografia para adolescentes. “A cultura popular, apesar do nome, fica restrita a um pequeno grupo de produtores, chegando à população apenas o que é considerado cultura de massa”, disse Erick Lima, cujo projeto de popularização da xilografia foi aprovado pelo BNB Cultural e deve ser executado até o final deste ano.

As oficinas vão acontecer nas escolas públicas de todas as zonas de Natal e na Região metropolitana, como Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz, São José de Mipibu e Nísia Floresta. “Antes da oficina eu entro em contato com os professores, para que possamos planejar a inserção do conteúdo na sala de aula”. No dia da oficina é feita uma contextualização histórica e em seguida os alunos põem a mão na madeira.

Erick Lima começou a trabalhar sistematicamente com a xilografia apenas em 2007, apesar do pouco tempo dedicado a arte, o jovem que é estudante de Ciências Sociais da UFRN, está imerso no universo da cultura popular nordestina desde a infância. Ele é filho de Erivaldo Leite de Lima, conhecido como Poeta Abaeté, um cordelista atuante no Estado. “Meu pai é de Sertânia, interior de Pernambuco e produz cordel há muito tempo. Ele veio para Natal há quase 30 anos”, disse Erick. E foi para ilustrar as histórias do pai e de seus amigos, que ele fez as primeiras matrizes em madeira.
Gravuras viram camisetas e azulejos
Os cenários representados em seu trabalho surgem tanto de sua memória da infância, já que na companhia do pai viajou por municípios do sertão nordestino, quanto dos textos dos cordelistas. “Os autores de cordel às vezes viajam na construção do texto. Nestas horas eu não posso fazer as gravuras a partir da minha memória, faço a partir dos textos”, disse.

Para fazer as matrizes em madeira, Erick utiliza ferramentas industrializadas, como as goivas e outras artesanais, como estiletes e pontas de faca. Dependendo do tamanho, o artista leva cerva de uma hora entre lixar a superfície da madeira, desenhar, entalhar e banhar o suporte com tinta de impressão gráfica.

A produção é rápida e não custa caro. Somando os valores gastos com a madeira, lixa e tinta, o artista gasta em média R$ 20,00. Apesar do baixo custo na produção, a atividade não é rentável, já que uma matriz de impressão pode ser vendida por apenas R$ 30,00.
O xilógrafo se mantém a partir das oficinas que ministra em escolas e na Casa do Cordel, além de vender matrizes para impressão de bolsas, camisetas e azulejos.
Segundo Erick o projeto aprovado pelo BNB não é uma fonte de renda, mas um meio de dar continuidade a outro que já vinha sendo realizando com recursos próprios, junto a Casa do Cordel. Segundo Erick, eles realizaram oficinas em escolas públicas e particulares com o objetivo de difundir a técnica. “Não queremos que a técnica fique presa em panelinhas”, disse Erick.
O xilógrafo diz que ao levar a xilografia e o cordel para as escolas, também está levando um pouco de história e das manifestações populares do estado. Afinal, nas páginas dos livretos é comum encontrar a história de nomes importantes, como de médicos, cangaceiros, artistas e de manifestações como o Boi de Reis e as procissões.
Em suas pesquisas Eick lima descobriu que nomes importantes das artes visuais no mundo usaram a xilografia como recurso. Um deles o norueguês Munch, que pintou a célebre obra O Grito (óleo e pastel sobre o cartão). Os trabalhos feitos no nordeste utilizam a mesma técnica difundida no século VIII, mas imprimem o modo particular do seu povo. A divulgação da xilografia nordestina veio depois de percebida a semelhança entre as gravuras populares feitas pelos xilógrafos e a arte européia. “A xilografia só foi popularizada depois que pesquisadores apontaram semelhanças com o movimento expressionista europeu e passaram a citar as obras em seus trabalhos acadêmicos”.
Abaeté na companhia de amigos abriu a Casa do Cordel, que hoje funciona na Rua Vigário Bartolomeu. Como sobravam cordéis e faltavam ilustrações, Erick precisou pesquisar na internet sobre xilogravura e bater um papo com aristas que dominam a técnica. A curiosidade do jovem foi tanta, que ele percorreu quilômetros para encontrar dois grandes mestres da xilografia popular. Na cidade de Bezerros, interior de Pernambuco ele conheceu J. Borges, considerado o maior gravador popular em atividade no Brasil e em Caruaru conheceu Seu Dila, o mestre de J. Borges.
A partir das pesquisas e do contato com os mestres, Erick começou a elaborar os seus primeiros trabalhos. “Os cordelistas me pressionavam muito, chegavam para mim e diziam: você tem que fazer isso direito para ilustrar os cordéis”. Dessa pressão nasceu o artista e o difusor da arte e da técnica da xilogravura popular.

Fonte: Tribuna do Norte - 19/05/2010

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Dia nacional da poesia na Casa do cordel


No dia 13 de Março foi comemorado o dia nacional da poesia na Casa do cordel. O evento, que já virou referência nas comemorações da poesia, reuniu muitos poetas e poetisas, além dos admiradores da poesia popular e da literatura de cordel.


Estiveram presentes poeta do estado e de outras regiões como o poeta Welington Vicente, filho do repentista Zé Vicente da Paraíba e sobrinho de Tonha Mota.


A programaçaõ contou com o saráu livre, intervenções teatrais e o teatro de João redondo com Genildo Mateus.Na programação também ocorreu oficina gratuita de xilogravura com Erick Lima.


No dia 14 a casa do cordel marcou presença na comemoração do dia da poesia organizado pela prefeitura de natal, que aconteceu no largo dom bosco, Ribeira, com sua banca com variados folhetos de cordel.




















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